O audiobook é interessante do ponto de vista da inovação, pois não é caro de produzir, se comparado a uma produção de vídeo, sendo, portanto, acessível para quem quer começar. O espectro de produtores é vasto, pois inclui independentes, canais como a Radio France, mas também os gigantes globais GAFA. Ainda em relação ao público, o audiobook é voltado para a nova geração conectada e atraída por conteúdos curtos, direto ao ponto e que podem ser ouvidos em qualquer lugar.
Em relação ao financiamento, os audiobooks são financiados principalmente por publicidade e patrocínio, mas esse modelo econômico ainda não está completamente estável. Do ponto de vista regulamentar, o enquadramento legal é ainda vago, não estando os audiobooks incluídos na regulamentação em vigor sobre o setor audiovisual. Normas claras e gerais são, no entanto, essenciais para garantir uma remuneração justa aos autores e uma boa comunicação entre os atores do setor. Cabe, portanto, ao legislador a rápida criação de um quadro jurídico adequado para melhor apoiar o crescimento do setor.
Ajuda para o audiobook de amanhã – Também envolveria desenvolver formas de apoiar a criação e arquivamento de conteúdo, porque os audiobooks atualmente não beneficiam de auxílios estatais para rádio e imprensa. O relatório propõe-se assim criar inicialmente um observatório económico do setor, sensibilizar os estabelecimentos de ensino superior (como o FEMIS ou o INA) neste domínio para que possam propor cursos adaptados às exigências deste tipo de conteúdo, e finalmente para melhor integrar audiobooks em festivais ou reuniões interprofissionais.